quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Kristen Stewart fala sobre “Lua Nova” e carreira







Kristen Stewart começou sua carreira em filmes independentes comoO Silêncio de Melinda (2004) e Contra a Correnteza (2004), mas somente se tornou conhecida do público com os recentes Na Natureza Selvagem (2007),Jumper (2008) e, é claro, pelo papel que marcará para sempre sua vida: a Bella de Crepúsculo (2008).

Sempre muito reservada, ela prefere trabalhar do que dar entrevistas, mas durante a Comic-Con 09, oDarkHorizons conseguiu entrevistar a jovem atriz, que falou sobre Lua Nova, seu companheiro de elenco,Taylor Lautner, e também sobre sua carreira,na transcrição que você pode conferir logo abaixo:

Pergunta: Você pode falar sobre como você se vê no próximo capítulo da saga? Particularmente, você acha importante garantir que Bella cresça durante o filme e que você possa trazer mais ao personagem dessa vez?


001~18Stewart: Acho que ela cresce anos luzes nesse filme. Há algo a ser dito sobre a maneira como ela se comportou no primeiro filme. É preciso ser muito seguro de si, ou ainda mais do que isso, ter uma personalidade muito forte para jogar contra esse mundo novo, sem ter a mínima ideia de como ele é, apenas confiando nessa coragem interior que te empurra adiante. Mas o que eu gosto bastante nesse segundo filme é o processo de autoconhecimento. Seria preciso passar por uma variedade muito maior de emoções do que ela passa nesse período da sua vida para se conhecer melhor. Agora não estamos olhando para uma criança, que é um pouco imatura mas que sabe onde está indo. Agora é mais “Ok, essa jovem garota, essa mulher, parece estar realmente começando a se conhecer melhor, e talvez começando a fazer a coisa certa”. Sem dúvida ela cresce nesse filme. Fica mais madura.


Pergunta: Ter um diretor nesse capítulo da saga mostra um estilo diferente ou uma sensibilidade temática diferente?

Stewart: Acho que não. Não importa de que maneira eu compare, é tão comum. As pessoas sempre querem saber a diferença entre diretores. É como, já que toda pessoa é diferente da outra, então cada ser humano olharia para o projeto de uma forma diferente. Eu não acho… quer dizer, não é como se Catherine [Hardwicke] dissesse “Beleza, estou aqui para fazer um filme feminista”. E também não é como se Chris [Weitz] quisesse restabelecer o equilíbrio, cortando um pouco o toque feminino. Sabe? Acho que o que ele trouxe de mais importante foi a contemplação. Ele não sentiu necessidade de correr com a produção. Ele nos deu tempo para percorrer esse caminho mais sombrio por onde precisávamos passar, e nos fez sentir muito seguros ao fazer isso. Não dá para trabalhar com pessoas que não se importam com você. E eu sinto como se ele fosse capaz de fazer qualquer coisa por nós nesse filme.

Pergunta: Todo mundo fala sobre Edward e Robert [Pattinson]. Você pode falar o que faz Taylor [Lautner] ser tão interessante?

Stewart: Claro. Ele é muito sincero. Não sei explicar, ele é muito aberto. Bella e Edward são sempre tão tensos quando estão juntos, já Bella e Jacob são mais abertos, mais livres, e conseguem falar sobre qualquer coisa um com o outro, sabe? E eu posso dizer que nós temos uma relação parecida com a deles na vida real. E eu não sou assim com todo mundo. Na verdade é muito raro eu conseguir ter um relacionamento assim com alguém. Não sei o que isso significa, mas definitivamente tem a ver com ele. Ele faz todo mundo ficar à vontade, sabe?

Pergunta: Vocês estão ansiosos para trabalhar com David Slade [30 Dias de Noite, Menina Má.com] no próximo filme? Você já teve a oportunidade de falar com ele?

Stewart: Sim, brevemente.

Pergunta: E sobre o que vocês conversaram? Ele é um cara muito legal.

Stewart: Verdade, ele é muito divertido. E um pouco estranho também. Mas são filmes diferentes.

Pergunta: Como assim?

Stewart: São filmes diferentes. Eles dividiram a história em quatro partes, literalmente. Se pudéssemos gravar todos os filmes em sequência, tipo um atrás do outro, seria mais estranho trocar de direção. Mas como temos um espaço de tempo entre as gravações, conseguimos nos distanciar, deixar quieto e não pensar sobre o assunto. Então quando voltamos e encontramos outra pessoa, não é tão difícil assim.

Pergunta: Na verdade, você está gravando outro filme no momento, não?

Stewart: Sim.

Pergunta: E tem a ver com esse visual interessante.

Stewart: É verdade, tem sim. Eu faço Joan Jett [guitarrista] em um filme chamado The Runaways*.

Pergunta: E você canta também, não?


Stewart: Sim, sim. E a Dakora [Fanning] também. Ela faz a cantora principal da bandaPergunta: Joan te deu algumas dicas sobre como fazer esse papel? Ela visitou muitas vezes o set, para te guiar, ou meio que deixou rolar?

Stewart: Eu estava o tempo todo com ela, graças a Deus! Se ela não estivesse lá todo dia eu me sentia muito… não é como se eu tivesse procurando aprovação. Eu só queria a energia dela por perto, além de ter certeza de que ela está feliz e não chorando em um canto de decepção. Esse foi o período mais importante da vida dela. Ela sempre me dizia as coisas mais ridículas como “Isso aí, é assim que alguém se sente ao chegar no topo do mundo aos 16 anos”, ou “Você conseguiu chegar lá aos 16?”, e isso só me mostrava o quanto isso era importante para ela, como a banda era importante para ela. Quer dizer, elas sempre falavam muito sobre isso.

Pergunta: Você está conseguindo lidar melhor com essa loucura toda, ou ainda acha tudo isso muito intenso?

Stewart: Estou bem melhor com relação a essa loucura, que todos dizem ser a parte mais difícil, de lidar com centenas de pessoas e coisas assim. Mas nunca tive problemas com isso, o mais difícil para mim sempre foi a autoavaliação durante as entrevistas, essa autodefinição. Eu não me conheço direito ainda, sabe? E eu levo isso sempre muito a sério. Ando fazendo isso cada vez menos, o que talvez não seja uma boa ideia. Mas por enquanto está tudo bem.

*The Runaways contará a história de uma banda de rock, de mesmo nome, criada por um grupo de meninas nos anos 70 para provar que não apenas os homens conseguiam criar música de qualidade.


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